segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Psicanálise e desejo


Angelica Hoffler
Psicanalista
Contatos: cels: 9 9764-9427 e 9 9741- 4591

O desejo, para a Psicanálise, é sempre Inconsciente. Ele atravessa o corpo, as ações, os relacionamentos, a maneira de ver o mundo, a existência. Relendo o seminário X, de Jacques Lacan, ele diz : “Não lhes desenvolvo uma psico-logia, um discurso sobre a realidade irreal a que chamamos psique, mas sobre uma práxis que merece um nome: erotologia. Trata-se de desejo. E o afeto através do qual somos solicitados, talvez, a fazer surgir tudo o que este discurso comporta como consequência para a teoria dos afetos, consequência não geral, mas universal, é a angustia” (p. 24)
Angustia e desejo estão na relação que psicanalistas e pacientes tem entre si. “Existe uma relação essencial entre angustia e desejo do Outro” (p. 14). Poupar o paciente da angustia pode significar poupar a si mesmo, como analista, deste afeto. E isso não passa inconsequente na relação analítica.
Além disso, é comum o paciente chegar ao setting com uma queixa: problemas no trabalho, no relacionamento, um luto...A Psicanálise vai além disso. Rumo ao desejo. É erotologia. A queixa está relacionada à demanda. E fazer o giro da demanda ao desejo nem sempre é fácil. Implica subjetividade, existência, trabalho psíquico e responsabilidade.
Duas questões, dentre outras, devem estar sempre presentes na formação do analista e em sua prática. A primeira foi citada por Sergio Luis Braghini e a segunda por Sandra Berta:
1.       Em relação ao paciente: o que quer saber sobre o teu desejo?
2.       Em relação ao analista: o que sabe sobre teu desejo?

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