quarta-feira, 6 de agosto de 2014

O menino e o tigre


Angelica Hoffler
Psicanalista
cel: 9 9764-9427 (Tim) e 9 9471-4591(Claro)

Vivemos num tempo em que se delega tudo: o cuidado dos filhos e sua educação é delegada à escola e à TV e/ou jogos e/ou redes sociais; as responsabilidades delegadas ao Estado que é entendido como alienado ao sujeito; os desejos confundidos com demandas capitalizadas e sociais. O ato irresponsável ocorrido no Paraná, do menino de 11 anos que teve seu braço dilacerado por um tigre, pode ser mote para se pensar o estado de obediência e não de responsabilização em que nos encontramos. A incapacidade de discernir entre perigos e situações reais e situações imaginárias e passionais traz a iminência do risco à sobrevivência. A maneira como lidamos com questões ambientais também diz respeito a isso. Amar os filhos é também impor limites. Mas talvez precisemos buscar uma outra definição deste amor nos tempos atuais, mais próximos ao narcisismo e à "Vossa Majestade o Bebê"

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