Terapias

Cognitivo-comportamental
Terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma forma de psicoterapia que se baseia no conhecimento empírico da psicologia. Ela abrange métodos específicos e não-específicos (com relação aos transtornos mentais) que, com base em comprovado saber específico sobre os diferentes transtornos e em conhecimento psicológico a respeito da maneira como seres humanos modificam seu comportamento, têm por fim uma melhora sistemática dos problemas tratados.
Tais técnicas perseguem objetivos concretos e operacionalizados (ou seja, claramente definidos e observáveis) nos diferentes níveis do comportamento e da experiência pessoal (al. Erleben) e são guiadas tanto (1) pelo diagnóstico específico do transtorno mental como (2) por uma análise do problema individual (ou seja, uma descrição das particularidades do paciente; ver mais abaixo). Nesse contexto representa um papel importante uma análise aprofundada dos fatores de vulnerabilidade (predisposições), dos fatores desencadeadores e mantenedores do problema (ver abaixo). A combinação dessas duas vias permite atingir um relativo equilíbrio entre o método padronizado (determinado pelo diagnóstico) e as características individuais do paciente (que determinam a análise do problema). A terapia cognitivo-comportamental encontra-se em constante desenvolvimento e exige de si mesma uma comprovação empírica da sua efetividade.
A terapia cognitivo-comportamental possui tanto técnicas da terapia cognitiva como da terapia comportamental e quando usada junto com a medicação adequada, prescrita por um psiquiatra, tem se mostrado a técnica mais eficaz no tratamento de vários transotrnos como depressão e esquizofrenias.
Humanismo

Em reação às correntes Comportamentalista e Psicodinâmica, surgiu nos anos 50 do século XX a perspectiva existêncial-humanista, que vê o homem não como um ser controlado por pulsões interiores nem por condições impostas pelo ambiente, mas como um ser ativo e autônomo, que busca conscientemente seu próprio crescimento e desenvolvimento. A principal fonte de conhecimento do humanismo psicológico é o estudo biográfico, com a finalidade de descobrir como essa pessoa vivencia sua existência por meio de um introspeccionismo, ao contrário do comportamentalismo, que valoriza à observação externa. A perspectiva humanista procura um acesso holístico para o ser humano, está intimamente relacionada à epistemologia fenomenológica e exerceu grande influência sobre a psicoterapia.

Gestalt

Gestalt, palavra alemã sem tradução exata em português, refere-se a um processo de dar forma, de configurar "o que é colocado diante dos olhos, exposto ao olhar": a palavra gestalt tem o significado "(...)de uma entidade concreta, individual e característica, que existe como algo destacado e que tem uma forma ou configuração como um de seus atributos."
A Gestalt ou psicologia da forma, surgiu no início do século XX e, diferente da gestalt-terapia, criada pelo psicanalista berlinense Fritz Perls(1893-1970)[nota 1], trabalha com dois conceitos: supersoma e transponibilidade. O psicólogo austríaco Cristian von Ehrenfels apresentou esses critérios pela primeira vez em 1890, na Universidade de Graz.

De acordo com a teoria gestáltica, não se pode ter conhecimento do "todo" por meio de suas partes, pois o todo é maior que a soma de suas partes: "(...) "A+B" não é simplesmente "(A+B)", mas sim um terceiro elemento "C", que possui características próprias

Psicanálise

Segundo a perspectiva psicodinâmica o comportamento é movido e motivado por uma série de forças internas, que buscam dissolver a tensão existente entre os instintos, as pulsões e as necessidades internas de um lado e as exigências sociais de outro. O objetivo do comportamento é assim a diminuição dessa tensão interna. A perspectiva psicodinâmica teve sua origem nos trabalhos do médico vienense Sigmund Freud (1856-1939) com pacientes psiquiátricos, mas ele acreditava serem esses princípios válidos também para o comportamento normal.

O modelo freudiano é notoriamente reconhecido por enfatizar que a natureza humana não é sempre racional e que as ações podem ser motivadas por fatores não acessíveis à consciência. Além disso Freud dava muita importância à infância, como uma fase importantíssima na formação da personalidade. A teoria original de Freud, que foi posteriormente ampliada por vários autores mais recentes e influenciou fortemente muitas áreas da psicologia, tem sua origem não em experimentos científicos, mas na capacidade de observação de um homem criativo, inflamado pela idéia de descobrir os mistérios mais profundos do ser human

Psicodrama

É um método de investigação e tratamento de problemas psicológicos criados pelo médico romeno Jacob Levy Moreno no princípio do século 20. “Ele reúne em sua base teórica elementos do teatro e da psiquiatria e tem como recurso de ação a dramatização”. Moreno define o psicodrama como a ciência que explora a verdade por meios dramáticos. O método psicodramático é um método de terapia de grupo e/ou individual que se baseia no conceito de desempenho de papéis. Sua finalidade é não apenas descobrir como a pessoa concebe os papéis sociais importantes e como atua em função deles, mas também ajudá-la a alcançar um desempenho ajustado ao seu contexto sócio-cultural. O psicodrama estimula o questionamento das conservas culturais e propõe ao cliente uma criação a partir dos seus próprios sentimentos, utilizando-se de toda a sua criatividade e espontaneidade. Sua proposta primordial é da adequação e do ajustamento do homem a si mesmo.

Psicologia infantil (Ludoterapia)
Ludoterapia é um ramo da psicologia. É uma técnica psicoterápica de abordagem infantil que se baseia no fato de que brincar é um meio natural de auto-expressão da criança. Durante as sessões de ludoterapia é dada a oportunidade da criança libertar os seus sentimentos e problemas através da brincadeira. É igual a terapia dos adultos, onde ele resolve os problemas através da fala. Só que na ludoterapia a criança tem o brinquedo e a brincadeira para exprimir os seus sentimentos. A ludoterapia poder ser feita individualmente ou em grupo.

Psicopedagogia

Psicopedagogia é o campo do saber que se constrói a partir de dois saberes e práticas: a pedagogia e a psicologia. O campo dessa mediação recebe também influências da psicanálise, da lingüística, da semiótica, da neuropsicologia, da psicofisiologia, da filosofia humanista-existencial e da medicina.
A psicopedagogia está intimamente ligada à psicologia educacional, da qual uma parte aplicada à prática. Ela diferencia-se da psicologia escolar, também esta uma subdisciplina da psicologia educacional, sob três aspecto:
Quanto à origem - a psicologia escolar surgiu para compreender as causas do fracasso de certas crianças no sistema escolar enquanto a psicopedagogia surgiu para o tratamento de determinadas dificuldades de aprendizagem específicas:
  • quanto à formação - a psicologia escolar é uma especialização na área de psicologia, enquanto a psicopedagogia é aberta a profissionais de diferentes áreas e
  • quanto à atuação - a psicologia escolar é uma área propriamente psicológica enquanto a psicopedagogia é uma área plenamente interdisciplinar, tanto psicológica como pedagógica.
Psicoterapia
O termo psicoterapia (do grego psykhē - psique, alma, mente, e therapeuein - cuidar, curar; refere-se às intervenções psicológicas que buscam melhorar os padrões de funcionamento mental do indivíduo e o funcionamento de seus sistemas interpessoais (família, relacionamentos etc.). Como todas as formas de intervenção da psicologia clínica, a psicoterapia:
  • utiliza meios psicológicos para atigir um fim específico (a cura ou diminuição do sofrimento, estresse ou incapacidade do paciente, geralmente causado por um transtorno mental),
  • baseia-se no corpo teórico da psicologia e é praticada por pessoal especializado (o psicoterapeuta ou psicólogo clínico)
  • em um determinado contexto formal (individual, em casal, com a presença de familiares, em grupo - de acordo com a indicação).
Em linguagem comum, o termo "psicologia" é muitas vezes usado no lugar de "psicoterapia". Em linguagem mais própria, no entanto, "psicologia" refere-se à ciência e "psicoterapia" ao uso clínico do conhecimento obtido por ela. Da mesma forma, costuma haver confusão entre os termos "psicoterapia" e "psicanálise". Enquanto aquela se refere ao trabalho psicoterapêutico baseado no corpo teórico da psicologia como um todo, psicanálise refere-se ao trabalho baseado nas teorias oriundas do trabalho de Sigmund Freud; "psicoterapia" é, assim, um termo mais abrangente, englobando outras linhas teóricas além da psicanalítica.

Psicoterapia breve
A Psicoterapia breve ou Terapia breve é um tratamento psicológico que tem como especificidade a ênfase no trabalho com um foco. A maioria dos autores trabalha com um limite de tempo, definido logo de início ou depois de algumas sessões.
Os diversos autores propõem maneiras diferentes de trabalhar, de acordo com suas experiências e modelos teóricos; assim sendo, a psicoterapia breve admite várias abordagens como a psicanalítica, a comportamental, a cognitiva, a psicodramática, por exemplo. Prestar menos ou mais atenção aos determinantes psíquicos atuais ou infantis, à história de vida familiar e pessoal, ao sintoma, ao comportamento, ao funcionamento consciente ou inconsciente, vai depender também da abordagem escolhida pelo terapeuta. Em cada abordagem, a psicoterapia breve respeita seus pressupostos teóricos; por exemplo, a psicoterapia breve psicanalítica respeita o vértice psicanalítico, enquanto a terapia comportamental segue os parâmetros discriminados por Skinner. Dependendo da abordagem, o psicoterapeuta será mais diretivo e intervencionista: na terapia comportamental o terapeuta intervém e direciona mais do que na psicanalítica, por exemplo. A terapia, mesmo sendo breve não é necessariamente superficial, porque não é o tempo, menor ou maior que define a profundidade de uma terapia, mas seus desígnios teóricos e técnicos. O termo ‘breve’, embora consagrado, não seria o melhor para caracterizar esta forma de psicoterapia porque, por convenção, o tempo máximo para uma psicoterapia breve é de um ano, o que não é pouco.

Fonte: http://pt.wikipedia.org